quarta-feira, 9 de dezembro de 2009









22/01/2009 – Quinta-feira - Rio Novo do Sul/ES até Angra dos Reis/RJ

Saída às 07:30h, chegada às 15:20h, rodados 566,6 km, acumulado total de 2.568,20 km. Antes da saída fui tirar fotos entre 05:30 e 06:30 daquela manhã nublada. A cidade tem um casario de arquitetura peculiar, devido à colonização de um povo do norte da Europa que não recordo. A rotina de desarrumar e arrumar os malotes já estava funcionando adequadamente (eu achava). A saída se deu no horário previsto, com tempo nublado e muito úmido que permaneceu até chegar em Campos dos Goitacazes/RJ. Daí pra diante foi água que Deus dá! Veja a anotação anterior ANDANDO NA CHUVA. Começou uma chuva fina constante por uns 30 minutos, e antes de Macaé começou a propriamente dita, forte, que só deu uma pequena trégua em Tanguá/RJ, onde abasteci. Em seguida continuei e a chuva também, fria e companheira. Nova trégua na travessia da ponte Rio-Niterói, que a 80 km/h (limite no local), durou 8 minutos. Na descida peguei à direita retornando por baixo da ponte e peguei a Avenida Brasil, que sai do Rio para as praias do sul, e só parei em Angra. Logo que se sobe a serra, na saída do primeiro túnel é um desbunde, digo, deslumbre! Que natureza exuberante! Acho que é por isso que no Rio se diz que Deus é brasileiro. Fiquei emocionado até a chegada. Havia percorrido 353,5 km até abastecer, com média de 25,24 km/l. Este foi o dia mais tranquilo de viagem, pois não houve atraso nem calor sufocante. Mas a chuva foi mara!!! Apesar disso não foi estressante pois adoro dirigir na chuva, e a estrada estava boa e não tão sinuosa (até este ponto). Foram 5 horas de chuva onde lavei até a alma. Viram as fotos das mãos? Foi quando cheguei em Angra. Fiquei assustado quando tirei as luvas. Parecia que eu tinha uns 200 anos, todo engilhado, encolhido, murcho e roxo de frio. As condições da estrada eram boas. O tempo foi chuvoso, com tanta água como nunca vi assim. Soube pela tv que o sudeste estava debaixo d’água, principalmente nas Minas Gerais. A chuva foi contínua e forte na maior parte do tempo, e às vezes torrencial, com baixa visibilidade. Comento agora sobre os motoristas nesta região. São completamente doidos! Dirigem na chuva em alta velocidade sem acender os faróis. Um perigo! Por várias vezes pensei que fosse ocorrer uma colisão durante as tentativas de ultrapassagens que aconteciam à minha frente. Não havia visibilidade e os faróis desligados criaram situações de quase colisão frontal. O engraçado é que os veículos na situação de perigo davam o corta luz, mas não ligavam os faróis. Não é de lascar?! Em Angra, bem na entrada da cidade arranjei uma pousada bem arrumadinha, no alto da serra, logo de início. Arrumei a bagulhada molhada para secar, e saí a pé (eram umas 16:30 hs) e fui até depois da Escola Naval, atrás de fazer o primeiro contato com o lugar e seu litoral, além de procurar algo para comer, de preferência da culinária local. Eu estava atrás da culinária caiçara, que infelizmente foi esquecida devido à urbanização e sofisticação do lugar, porém soube que em Parati ainda se mantinha. Foi aí que, enquanto conversava com a dona de um bar e restaurante sobre as comidas típicas que queria encontrar, um grupo de amigos me chamou a atenção e se interessou pela minha busca. Foi assim que conheci o Moacir, o ausente Adolfo (falaram muito dele), o Almerindo e o grande anfitrião Carlos. Me deram uma primeira orientação, mas não achei a dita comida, e foi com o que tinha, com uma bela “lapada” de uísque (não tinha aguardente), cerveja e peixe para turista (filé de peixe de supermercado insosso, com arroz e fritas). Voltei pelo mesmo caminho a pé. Quando estava chegando na última curva da Escola Naval, eis que os amigos estavam de carro retornando também e me ofereceram uma carona, perguntando se achei a dita iguaria. Diante da negativa resolveram me conduzir ao bar de Dona Tânia mediante um argumento irresistível de uma outra “lapada” generosamente cedida. E lá fomos. Fica por trás da unidade de bombeiros, indo pela avenida de entrada da cidade. Pode perguntar por ali que todo mundo conhece. Fica na garagem da casa dela. E os colegas me garantiram que Dona Tânia sabia das coisas. Fomos lá e conheci então Dona Tânia, filha de pernambucano que gostava de cozinhar. Bem falante, Dona Tânia informou que faria uma autentica peixada de cavalinha com banana cozida e pirão, à moda caiçara, tradição do lugar, ainda para poucos. Marcamos para a noite seguinte, às 18:00h. e reunimos os recém conhecidos. Bem, as fotos no orkut não deixam dúvidas quanto ao prato e aos participantes. Bem, já eram 21:00 hs (creio) e o cansaço chegou. Boa noite e até amanhã! E fui dormir.
Nas fotos o Convento Carmelita, A Escola Naval no pé da serra e detalhe das ilhotas de Angra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário