segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Fim de linha. Cheguei.
17 e 18/02/2009 – Mucugê até Lençóis/BA
Quando fui sair de Vitória notei o pneu traseiro baixo. Enchi, mas o gel não funcionava. Pensei que em Dourados não colocaram o gel que eu pedi. A 10 km de Vitória, coloquei R$ 10,00 de gasolina e fiz o serviço de reparo do pneu. Andei mais 50 km e coloquei mais R$ 20,00, todos em espécie, pois os postos neste ramal de estrada não aceitavam cartão. Depois consegui um que aceitasse o Visa e completei o tanque. Ao todo foram 21,18 lts para 482,20 km rodados, média de 22,77 km/l, odometro total em 56.575, e desde Porto Alegre 4.839,20 km. Antes passei pela pequena cidade de Anagé, a partir da qual andei por um asfalto surrealista, parecia um amontoado de formigueiros, e a moto pulava o tempo todo, sem trégua. Depois no meio daquele lugar perdido no meio do mato aparece uma grande planta industrial de cimento novinha em folha, acabando de ser construída. Chegar na mesma não foi tão fácil, pois o asfalto acabou e ficava uma areial misturado com restos de asfalto e buracos, muito perigoso para derrapar. Ao chegar em Mucugê parei para almoçar e gostei do lugar, onde me falaram de uns passeios e das cachoeiras. Parece uma pequena Olinda bem conservada. Fiquei numa pousada na pracinha por R$ 20,00 a diária, com ventilador, chuveiro quente, sem café da manhã. De manhã faço os passeios e à tarde vou para Lençóis - pensei. Em Mucugê rodei cerca de 10 km para tirar fotos. Havia saído de Vitoria às 09:30 hs, e chegado aqui às 13:00 hs, com odometro da partida em 56.350 e o de chagada em 56.620, e de Poto Alegre deu 4.884,20 km. A pousada Éden fica em frente ao restaurante Sabor e Arte, que é bem sofisticado para o lugar, com pratos a la carte e self-service, carta de vinhos, boas bebidas e sobremesas, etc. Fui muito bem atendido no almoço e retornei para o jantar. Só que tive um problema: desde a noite anterior vinha me desidratando como panela velha... Foi a galinha caipira de perto de Salinas. Deve ter sido mal requentada... As fotos são da ultima serra para a planície que precede a chapada, a chegada na chapada pelo sul, e da cidade de Mucugê.
Saída às 08:15 hs com o odometro em 55.599, e chegada às 18:00 hs com odometro em 56.350 km, tendo rodado 636 km. Na saída já tinha registrado 75 km em Pirapora e arredores, constando do total rodado. Abasteci em Montes Claros às 11:40 hs, com 10,853 lts para 253,6 km rodador, com média de 23,36 km/l, e dometro em 55.853, e desde Porto Alegre/RS são 4.116,8 km . Abasteci na BR 251, em Salinas/MG, com 11,792 lts para 240,1 km rodados, média de 20,36 km/l, odometro em 56.093 e a 4.357 km de Porto Alegre, quando já eram 14:30 hs. A 20 minutos de Salinas um maluco (outro) numa TWISTER passou voando por mim. Fui atrás. Nas curvas eu colava nele, que levava vantagem por conhecer a estrada e negociava melhor as ultrapassagens dos caminhões, pois tinha a vantagem de estar na frente. Haviam alguns bons buracos na pista. Parei num restaurante caseiro e comi uma galinha caipira, feito as nossas – boa e barata. A 50 km de Vitória houve um acidente na estrada, um eixo industrial de umas 5 toneladas caiu na estrada, no alto de uma serra, e por sorte não rolou de ladeira abaixo. A sorte é que ficou amparado na beira da pista e não rolou, senão... As filas ficaram enormes em cada faixa de pista, com mais de 2 km cada. A chamada Rio-Bahia me surpreendeu pois o asfalto era bom e bem sinalizado. O tráfego era pesado, mas não tanto quanto eu esperava. Mas até chegar lá, era reta que não acabava mais... que tédio! Sem fotos.
Hoje amanheceu chovendo, para variar... Fui à lan-house atualizar o blog e outras coisas, principalmente baixar as fotos no Orkut. Acho que ficou bem o texto do blog Andando na Chuva. Fui à Docas ver o vapor e tirei fotos (ver postagem anterior). Troquei o óleo da moto no posto próximo á ponte de ferro, e em seguida fui ver o tal bar no outro lado da orla, passando pela ponte. Esta foi um caso a parte, pois a ponte foi projetada para via férrea e pedestres, com uma largura de apenas metro e meio, piso de taboas, algumas soltas, plana e longa. Circulavam motos nos dois sentidos ao mesmo tempo, e estando o rio com grande volume de água por conta das chuvas, com corredeiras fortes e barulhentas. Foi um tanto assutador, mas fui! O bar fica bem localizado e a comida é boa mas pouco original. Só peixe frito à milanesa. Tomei um caldão, feito de pirão ralo de carne, para acompanhar uma caninha da terra. Foi aí que encontrei o Silvano da http://www.ciadeandar.com.br/ , que é piloto sobre as corredeiras do rio, para turistas de esportes radicais. Pediu que visitasse o sitio http://www.setecburi@yahoo.com.br/ , e forneceu seu fone de contato: 038-9965.0376. Também o telefone do proprietário da CIA DE ANDAR (a cavalo), o Sr. Rômulo Melo (038-9923.1330). Quem estiver disposto que se habilite. Naquela ocasião entrou no bar o João Augusto Taborda e sua esposa Dona Nécia. São de Brasília e vieram numa Suzuki V-Strom 1000. Conversamos bastante e me disse que gostaria de ir a Bonito/MS, de onde já tinha vindo. Saímos logo depois para conhecer a Casa da Uva e a cidadezinha de Guaicuí (barra), a 22 km dali, onde havia uma igreja na beira do rio. Muito antiga (de 1635) de pedra, em ruínas. Chegamos na Casa da Uva e a máquina fotográfica deu pane no LCD. Na cidadezinha a imagem da igreja era impressionante. Só vendo as fotos. Ele ficou de mandar a filmagem da travessia da ponte de ferro por e-mail (que de fato recebi). Ficou ótimo. Depois coloco um link com ela.
Saída às 08:00 hs, chegada às 16:30 hs, odometro na saída em 54.965 e na chegada em 55.599, para 634 km rodados, de um total de 8.945 km até aqui. Na saída de Campina Verde abasteci com 14,07 lts para 314 km rodados, média de 22,38 km/l. Abasteci em Monte Carmelo/MG com 12,01 lts para 262 km rodados, média de 21,81 km/l, odometro em 55.232, às 11:30 hs. Ao chegar em Pirapora/MG abasteci com 13,921 lts para 367 km rodados, média de 26,36 km/l, acumulados desde Porto Alegre, com 3.863 km, às 16:23 hs. Em Pirapora fiz contato com dois motociclistas: ANDERSON MATOS, da Prefeitura de Buritizeiro e VICTOR HUGO PORTO do Fórum de Pirapora, que estava acompanhado da esposa. Foi um bom bate-papo. Me indicaram fazer contato com o Motoclube Kalango do Sertão. Até o dia seguinte não havia ninguém na sede. Indicaram também o vapor da Docas. No barzinho degustei filé de curimatã no ponto e barato(R$ 8,00), com cachaça Gota de Ouro, de Ubai/MG. Indicaram ainda um barzinho na orla oposta passando a ponte de ferro. Tiramos fotos e tchau...Recebi um anuncio do Pirapora Folia 2009 com 5 dias de carnaval de 20 a 24/02/2009. Aconteceu algo de interessante enquanto eu cruzava Uberlândia. Um carro com reboque parou no sinal, do meu lado e rapidamente o condutor sacou da bolsa dois adesivos do BRASIL MOTO CLUBE (desde 1500). Foi bem inesperado, pois ainda recebi vibrantes incentivos de apoio à viagem e disse-lhe rapidamente o blog para contato...O sinal abriu e tchau...Na saída de Uberlândia tem uma ponte sobre uma represa e um setor de área protegida de floresta nativa. Bonito. Havia também matas de eucaliptos. Depois, só fazenda de gado e milho, principalmente. Passei grandes distancias de Patos de Minas a Pirapora quase sem ninguém na estrada, nem havia cidades, vilas ou povoados. Só fazendas. Foi aí que aconteceu que após nove mil quilômetros rodados finalmente fui parado por uma blitz da polícia rodoviária, a estadual. Verificaram os documentos, os alforjes e baú. Serviço completo!
Saída às 09:30 hs, aos 54.339 km no odometro, rodados 626 km, chegando às 18:30 hs, odômetro com 54.965 km, rodados total de 8.311 km até aqui. Abasteci em Selvíria/MS com 12,81 lts para 316,2 km rodados, média de 24,68 km/l, odometro com 54.655 km, às 15:18 hs, e rodados 2.919,1 km rodados desde Porto Alegre/RS. A chuva de ontem teria causado arrepios em Noé. Muito bem. Saí tarde, com um bom café da manhã e a estrada estava um chiclete com buracos, até Três Lagoas. De lá até aqui estava um tapete, exceto entre Carneirinho e Iturama/MG, pois o piso era velho. A 50 km de Campina Verde estava armando um processo chuvoso, que de sacanagem ficou grosso a 15 minutos da chegada, só para chegar molhado de novo. O dia inteiro estava apenas nublado e quente. Com a chuva, imediatamente escureceu, para combinar com a coloração das nuvens, eu acho... Cidade pequena. Menção especial para a ponte que liga a fronteira dos dois estados, que de longe parece duas torres de catedral. Passar por ela foi impressionante, pelas suas “cordas” metálicas. O rio também era um caso à parte, com uma ilha ao lado. Durante a viagem margeei o lago de Ilha Solteira, com uma visão muito bonita. Havia praia na região de onde tirei algumas fotos, quando saí de Três Lagoas. Em Três Lagoas o interessante foi o churrasco rodízio, na Churrascaria e Lanchonete Real, ao lado da estrada. Eles servem carne de javali, paca e capivara, podem acreditar. E estavam ótimos, mais ainda quando a cachaça é de graça, na entrada do restaurante, com uma pipa enorme de madeira. Vi e não acreditei. Fiquei pensando se faço uma coisa dessas em Arcoverde... quebrava o bar. Evidentemente que não me fiz de rogado e baixei dois tragos. Cana da boa, suave, e é catarinense. Tirei uma foto com o garçon Marcos para não pensarem que é conversa fiada, pois o povo daqui de Arcoverde não iria acreditar - cachaça da boa, 0800! O pessoal daqui me atendeu muito bem, toda equipe excelente. Vale a pena voltar. De resto, o trajeto foi ótimo. Em tempo: reapareceram as florestas industriais, em maior quantidade dessa vez.
domingo, 27 de junho de 2010
11/02/2009 – Bonito/MS até Nova Andradina/MS
Uma hora para arrumar tudo, desmontar barraca e tomar café. Não deu para fazer o diário. Tentamos no final da tarde anterior tomar um banho no camping mas não foi possível por conta da correnteza e aumento do volume de água do rio (cerca de metro a mais de profundidade), pois a chuva de ontem foi pesada nas cabeceiras do Rio formoso. Voltei à Bonito para tirar umas fotos da praça principal. Saí às 11:00 hs. Atrasadíssimo! Abasteci em Dourados, lá pelas 14:30 hs, tendo rodado em Bonito cerca de 122 km, abasteci com 14,86 lts, por 396,2 km rodados total, média de 26,67 km/l, odômetro total em 54.082 km. Estava quente por aqui. Em seguida segui para Bataguaçu/MS. Não consegui chegar lá. Só no dia seguinte. Entrei na pior chuvarada de toda a viagem (ou a melhor, para quem feito eu, gosta), e talvez a maior de minha curta vida até então (será que chego aos 80?). Parecia uma chuvinha no final da estrada... Escureceu de imediato, chuva fria, fortíssima, baixa visibilidade, ventos laterais fortes. Um aguaceiro daqueles! Mesmo assim segui viagem pois não havia raios. Só consegui fazer um lanche (regado a três lapadas de Ipioca cearense dourada para esquentar, acreditem!) e chegar em Nova Andradina já na reserva. Muitos galhos e folhagem de árvores na estrada por conta da ventania. Fiquei para dormir. Celular ali não pegava. O dono do posto/hotel era um motociclista, o Aléssio e sua irmã Karla, que me foram muito atenciosos. O hotel era espaçoso e muito arrumadinho. Legal. Cheguei pelas 19:20 hs, abasteci com 13,7 lts para 257,1 km rodados, média de 18,766 km/l (andei forçando a moto por conta da chuva, reduzida com rotação alta para usar pouco os freios), odômetro em 54.339 e 2.602,9 km rodados desde Porto Alegre. Em tempo: o Aléssio morou muitos anos na Itália e possuía várias motos grandes. Espalhei a roupa molhada para secar, tomei aquele banho bem quentinho e zzzzzzzzzzzz...
Fomos lavar as motos e resolver algumas pendências outras e daí, fomos para o balneário municipal, o mais barato da cidade. Muito bom. Lá encontramos um grupo de motociclistas que veio de Curitiba. Aí virou o I Encontro Não Programado de Bonito. Deste grupo tinha gente do Triciclo Clube 3ª Roda e outros. Chamam-se Alex, Hosnyr, Jurandir(JB), Joel e Clovis(gaúcho). Tomamos banho, umas e outras e muito bate-papo. Marcamos para a noite nos encontrarmos de novo. À tarde (final) comprei umas lembrancinhas poucas, pois não caberiam na mala da moto. À noite nos encontramos no Bar do Gaúcho e ficamos até umas 23:00, e até a meia-noite, num outro barzinho com churrasco de verdade (espetinhos). Voltamos ao acampamento. Chovia de fininho.
Saímos atrasados, às 08:30 hs, e chagamos a Bonito às 12:30 hs. A topografia e a vegetação muda a partir dos primeiros 130 km de Dourados. Ficou mais quente e úmido. Abastecemos em Bonito com 13,7 lts, tendo rodado 313,2 km, para uma média de de 22,86 km/l. Foi um pouco cansativo, as pernas doeram um pouco e fiquei desconfortável no assento, apesar da bolsa de borracha. Odômetro em 53.686 rodados total de 7.032 km. A cidade é muito bem estruturada para o turismo. A cidadezinha é totalmente saneada e parece um shopping a céu aberto. Comemos o tal jacaré (frito), que é servido com um molho de queijos e creme de leite (achei que não combina), e parece com a lagosta na textura e sabor (sem o sabor do mar, naturalmente). Ficamos no camping do Gordo, pela estrada a 6 km da entrada da cidade, entra-se mato a dentro com 8 km de terra batida. O local é simplesmente ótimo, a R$ 20,00 a diária. Mata, o Rio Formoso límpido e com muitos peixes, corredeiras, banhos, e estrutura completa para camping. Na cidade tomamos uma chuva forte de 14:30, e ficamos enquanto isso numa lan-house programando este blog, com ajuda do João. Na volta, meu amigo, foi aquela lama fina por 8 km. Coisas de camping... Fiz questão de armar a barraca no chão de terra (grama). O bom do camping é a dificuldade e a improvisação (para quem gosta é claro). Depois chegou um magote de gringo num ônibus-caminhão fretado dessas empresas de aventura, australiana. Vinham do Alaska e já retornavam do Chile, e seguiriam para o carnaval no Rio. Foi difícil dormir seguidamente, mas valeu a pena. Não é preciso dizer que tomamos umas à beira do rio esta noite. Camping é camping... A primeira foto é da saída da pousada em Dourados, a segunda é da estrada. Vejam a paisagem: é monótona, tediante, pois a topografia da região é plana e só se planta soja, praticamnte uma monocultura, salvo raras exceções. Se você "entrar por uma perna de pinto e sair por uma de pato" ali, e o sol estiver a pino, numa encruzilhada sem placa, é como se estivesse no meio do Saara - perdido. Pra todo o lado é tudo igual. A terceira é do Rio Formoso rasgando a mata, onde nós estávamos acampados, em Bonito.
Terminei de reorganizar a bagagem pela experiência até aqui. Deixei-a pronta para um mínimo de tarbalho para a volta. Só não dará certo se chover muito, como na vinda. Estou tentando contato com o João Paulo que está na estrada desde ontem, e agora são 18:00 e não tive sucesso. Estou preocupado. Vou deixar mensagem. Ele deveria chegar até o final da tarde. Abasteci com 11,582 lts para 267,20 km rodados, média de 23,07 km/l porque apertei muito no retorno de Ponta Porã, na faixa dos 120/130 o tempo todo, e estava quente e com risco de chuva. Odômetro em 53.372. A gasolina daqui é a mais cara , na base de R$ 2,889 o litro. Bati um bom papo com um paulista de Marília, o Júnior. Ele e a esposa Ana Claudia são os proprietários do Carneiro no Buraco. Tomamos uma cerveja com peito de boi assado de forno. Ótimo! Dei uma geral pelos bairros residenciais, onde encontrei o dito. A cidade parece bem pacata e arrumada para se morar bem. Mas também tem problemas de assaltos, principalmente a caminhoneiros no período de safra de soja. A Ana Claudia bateu uma fotos nossas, e na realidade registrou como filme, por conta do botão da máquina que não notei que estava em posição de gravação. Estou tentando arquivar e liberar o link para acesso. Bem, está tudo pronto para irmos a Bonito e depois iniciar o retorno para casa. Tenho mantido os estudos da R+C e da TOM. Em tempo, o João Paulo chegou às 21:30 hs aproximadamente, e fomos ao Shopping para ele comer alguma coisa, pois às 19:00 hs eu já tinha traçado o meu jantar. Um peixe à moda da região, o qual não anotei.
Ontem falei com o João Paulo que confirmou a vinda a Dourados. Deverá chegar no domingo (08/02) ao final da tarde. Hoje fiz uma caminhada de 2 horas e fui a uma agencia da CAIXA tirar $ e extratos. Pegar um refresco também, pois a cidade está quente neste sábado. Finalmente entrei no shopping perto do hotel. Grandinho. Fui ao supermercado dele para ver o que se consome aqui na região entre carnes, legumes, verduras e frutas. Confirmei o que já desconfiava. O povo daqui come de tudo, desde que seja churrasco! Haja! É de encher os olhos e babar. As mantas de costelas com uns 3 dedos de espessura custavam a bagatela de R$ 3,96 o quilo. O filé a R$ 17,80 o kg, e a picanha a R$ 18,90 o kg. Tá vendo? Existe uma colônia japonesa na cidade. Passei por um clube uma pracinha estilizada ao lado. Vou tirar umas fotos amanhã pela manhã. É hora de preparar a partida. Detalhe: neste sábado circularam muitas motos potentes. Uma pessoa me falou que aqui tem um grupo de apresentação de Moto Show. Toda quarta tem um encontro de motociclistas em um bar da cidade. Este eu vou perder.
Organizei minhas coisas e às 10:00 hs fui para a fronteira do Paraguay. Antes abasteci com 11, 077 lts para 260,9 km rodados, com a média de 23,55 km/l, odômetro em 53.105 . No dia anterior comprei uma bolsa de borracha, daquelas para água quente, na farmácia, para substituir o APRACUR. Testei e parece que iria funcionar a contento, com um pouco de água e ar. Na ida para Bonito será testado. Chegando lá, na fronteira, dei uma volta geral na avenida principal, onde no final havia uma agência da CAIXA. Muitos veículos do Paraguay transitando. Falei com o José Paulo, substituto do GG, e ele me falou que a namorada era de Arcoverde também, e estava atendendo uma cliente que disse que era de Serra Talhada/PE. Viu só? Eita mundo pequeno esse...!! O que é que uma seca braba não faz... Deixei um abraço e parti para o almoço. Desde o Paraná que não havia tocado em um churrasco de verdade, tipo rodízio. Estava economizando pois a grana estava curta. No retorno da avenida principal, havia uma churrascaria rodízio no 1º andar, a Frutal. Finalmente faturei duas cervejas e o dito churrasco. Até a rádio toca em espanhol, pois era do lado de lá. Comi bastante e não foi caro. Falei com o proprietário e o mesmo me disse que tinha parentes em Petrolina/PE. É mole!? Daí parti para o lado paraguaio, e fui até o Shopping China, o maior do lugar. Os empregados falavam entre si em espanhol fluente e com os clientes em portugês perfeito (ou será brasilianês?). Perguntei se todos eram paraguaios e assim me confirmaram. Já os clientes quase todos eram brasileiros. Grande, muito grande a loja. Tinha de tudo que você imaginasse, nacional e importados, exceto carros e caminhões e outros motorizados. Tem uma grande praça de alimentação, onde tomei um café. De repente começou uns estrondos e em seguida aquela chuva pesada e furiosa. Raios, relâmpagos e trovões a dar no quengo. Tudo escureceu. Inclusive dentro da loja porque a luz foi embora, e uns 5 minutos depois retornou, coincidindo com a partida da chuva. Aguardei um pouco a bicha se distanciar e fui!. Voltei e fiquei com meus estudos e descansei. Já era noitinha quando cheguei. Estava tudo muito quente, a estrada e a cidade. A roupa ficou com aquela mancha vermelha do barro fino que cobre as ruas e as estradas daqui. Deu trabalho para limpar.
Dei uma volta pela avenida principal da cidade, cuja topografia é plana e a planta é totalmente retangular, com transversais paralelas, ruas largas e avenida central dupla com canteiro central, e muito arborizada. O comércio é forte, com muitas concessionárias de veículos, motos e tratores. Nota-se o amplo uso de duas rodas, sejam motos ou bicilcetas, onde existem estacionamentos específicos na avenida central. Nos locais reservados ao estacionamento de veículos na área central existe uim sistema de monitoramento eletrônico que o condutor tem que registrar através de um boton eletrônico recolhido junto ao responsável pela área de estacionamento. Coisa de 1º mundo. Notável também é o respeito pelo pedestre na faixa. A população é mista de loiros, nisseis, índios e muita gente de outros estados do país, principalmernte São Paulo. A cidade é nova. O dia estava quente. Troquei o pneu traseiro, coloquei o selador (gel) e lavei a moto. Andei bastante a pé, pela manhã e à tarde.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Saída às 09:00 hs, chegada às 20:00 hs, odometro na saída em 52.341 e na chegada 53.091, rodados exatos 750 km, sendo acumulados 6.437 km até aqui. Ao chegar em Dourados/MS, debaixo de uma chuva leve e persistente, marcavam 246,9 km desde Mundo Novo/MS, odometro total em 53.091. Em Capanema abasteci com 14,104 lts, para 307,4 km rodados, média de 21,79 km/l, odometro em 52.529. Abasteci em Mundo Novo/MS com 11,35 lts, rodados 314,9 km, media de 27,74 km/l, odometro em 52.844 km. Até a fronteira do Mato Grosso, desde o fim das serras gaúchas, exceto a serra até o desvio errado, em Vitorino, tudo é plantação de soja e milho. Campos sem fim! Aproveitam até a calçada de rua (sem cimento), dentro da cidade. Vi isso em Cascavel/PR. A partir do Mato Grosso são fazendas sem fim, tudo verde e de relevo suave, como antes, mas só com capim e curvas de nível para conter as enxurradas. Estradas boas, mas um sabão quando chove, porque o barro fino e vermelho que os caminhões e tratores trazem para a estrada está em todo lugar. Só peguei um pouco de chuva a partir de 40 km para Dourados/MS. Existem ainda 2 grandes agro-industrias de cana-de-açúcar em Naviraí, perto de Dourados. Muita palha na estrada, veículos longos a viagem inteira, cidadezinhas altamente organizadas e novas, parecendo estar em outro país. O pôr do sol é de um vermelho vivo. Ocorreu às 19:30 hs, de Recife. Foto da chegada em Cascavel/PR, onde as plantações margeiam a área urbana, onde até há poucos anos atrás eram verdes matas.
Abastecido, calibrado e etc., fui em Xico, tirei xerox, matei a sede e às 10:00 hs(de Recife) saí de Porto Alegre rumo ao extremo oeste do estado. Em Santo Antônio do Planalto abasteci com 11,319 lts, para 284,1 km rodados, às 14:30 hs, média de 25,10 km/l, odometro total em 52.020 km. Em Chapecó/SC, abasteci 8,50 lts, para 201,4 km rodados, média de 23,69 km/l, odometro total em 52.222, às 17:44. Neste dia saí pelo corredor do sol conforme a previsão do tempo, e deveria passar na cidade de São Pedro das Missões, que eu estava doido para conhecer e fotografar as ruínas. Em Sarandi/RS, por uma falha na placa de desvio, terminei seguindo em frente para SC prematuramente, em direção a Chapecó, saindo do roteiro do sol que segundo a previsão do tempo cobriria todo eixo central do estado de RS até o extremo oeste. Achei a cidade de Chapecó/SC suja e bagunçada (em comparação com as outras da região). As estradas são inferiores às gaúchas. E perdi o APRACUR, enquanto abastecia na saída de Chapecó. O dito caiu, pois o coloquei em cima dos malotes. Em seguida saí e andei cerca de 2 km quando dei por falta da almofada. Retornei devagar para ver se tinha caído no caminho, até o posto, e nada. Já era! Tava tão bonzinho...Rodados quase 500 km e não senti aquele cansaço natural do motociclista entre as pernas, nem dores nas batatas. Funcionou legal, viu Alexandre? Segui em direção à Cascavel/PR. Por conta desse erro entrei na faixa de chuvas e peguei um toró, com direito a seguidas trovoadas, raios e visibilidade mínima, bem como risco de aquaplanagem, pois a estrada parecia uma cachoeira uma vez que era região de serra, muito sinuosa e com piso irregular, além de não possuir acostamento e ser região mista com sítios e mata. Parei num depósito de produtos naturais e esperei a chuva passar. Ali procurei saber de alguma pousada ou hotel por onde pudesse ficar se a chuva retornasse, pois era fim de tarde. Fui informado que a 8 km dali havia um. Quando chego lá a chuva acabou e o céu abriu. Continuei em frente para ganhar tempo, até anoitecer. Cheguei a Vitorino às 19:30, hora local, momento em que acabou de escurecer e retornou a chuva. A cidade fica num entroncamento da estrada para Cascavel. Achei um pequeno hotel, tomei uma caninha da terra com uma galinha guisada e fui dormir, lavando e colocando a roupa para secar. Foi durante esta degustação que fiz contato com o SIDNEY, que além de caminhoneiro, fazia parte de um grupo musical chamado MUSICAL INTEGRAÇÃO, com a participação entre outros músicos, de seus dois filhos. Enquanto escrevo estou vendo os nomes numa cópia do CD do grupo gentilmente cedido pelo SIDNEY, com quem tirei uma foto. O grupo tem e-mail: musicalintegracao@hotmail.com. Resumo do dia: saída às 10:00 hs, chegada às 19:30 hs, odometro na saída em 51.735 km e na chegada 52.341 km, rodados 604,7 km, acumulados da viagem em 5.687 km. Vale lembrar que almocei numa churrascariazinha rodízio de pé de estrada, no alto de uma serra no centro gaúcho, que possuía uma bela vista (que não perdi a oportunidade e fotografei), além do bom atendimento do dono do lugar. Interessante quando passei pela cidade de Soledade, pois a mesma é inteiramente dedicada ao comércio de pedras preciosas e semi-preciosas. É só o que se vê nos galpões e empresas na estrada. As cidades anteriores todas tinham grandes pólos industriais, com grandes empresas nacionais conhecidas, e até shopping center. Acabando a serra acabaram as frutas e as uvas na beira de estrada e tomam seu lugar a soja e o milho, com muitos silos e agroindústrias. Lembrando ainda que no interior do Rio Grande e no Paraná se planta muito pinheiro e eucalipto para o uso da madeira, com muitas serrarias na região. Fui! Fotos: a primeira, no último trecho de serra no RS, por ocasião do almoço, e a segunda com o Sidney.
Tirei esta segunda-feira (feriado) para arrumar tudo e preparar para o próximo período de viagem, em direção a Bonito/MS. Procurei descansar e ir no dia seguinte em Xico Motopeças para pegar o APRACUR. Fiz o último contato com o João Paulo para acertar nosso encontro em Dourados/MS, no domingo seguinte.
Acordei, acreditem, pensando que eram umas 11:00 hs (de verão) e eram 08:00 hs apenas. Fiz o controle de despesas dos dois últimos dias, o balanço do dia 31/01/2009, e este diário. Devo refazer o roteiro de viagem ainda hoje e passar as fotos para a internet. O João ficou de me ensinar a fazer o blog (e deu certo, não?). Antes de irmos a Bento Gonçalves fomos ver a cachoeira do Passo do Inferno, por uma trilha de 16 km de terra batida. Muito bonito, com direito a fotos, trilha ecológica e tirolesa bem alta (que não fui). A área é privada e possui pousada e camping. Descansei um pouco enquanto admirava o local. Seguimos então para nosso destino, onde chegamos às 14:30 hs. Almoçamos no parque de eventos porém mal tive como tirar fotos, pois a bateria descarregou e no local (fechado) não havia quem as vendessem. E era uma feira nacional. Incrível, mas é verdade! E nas terras sulinas, hein ?! Diante disso experimentei o graspe, equivalente da bagaceira portuguesa, uma cachaça de uva artesanal para acalmar a frustração. Boa, feita em alambique de cobre, para retirar a gordura com cheiro ruim que sai na destilação. Tinha ainda muita música e coisas típicas da região, de italianos e alemães. Achei interessante um sistemas de pilões utilizados na erva mate, muito engenhoso e todo em madeira. No mais, muito vinho e degustação. Não apelei, só tomei um pequeno cálice de espumante da AURORA. Havia ainda uma oficina de degustação do SEBRAE, mas fiquei só na vontade. Tínhamos que voltar inteiros. Chegamos a Porto Alegre às 18:00 hs(reais). Uma arrumada e fomos tomar uma e comer alguma coisa num bar onde o João Paulo costumava freqüentar com a namorada. Saímos às 23:30 hs. Estacionei a moto e fui pro hotel. Já eram 00:30. Banho e cama. Em tempo: a polenta frita é um 10 lá no RONE (recomendo), aqui no RS “torrada” é muito quente, gaúcho não engole sapo: come perereca, e a origem do “fazer nas coxas” você descobre na visita ao convento carmelita de Angra (sem maldade). Só lembrando, visitem o site dos CEIFADORES: http://www.ceifadoresmc.com.br/ . Em Porto Alegre, ontem, por ocasião do abastecimento, coloquei 9,77 lts a R$ 2,56, rodados 311,2 km, média de 31,85 km/l (a melhor até agora), odometro total em 51.189 km. Fizemos outro abastecimento a caminho de Bento Gonçalves, sendo 12,207 lts a R$ 2,62, rodados 318,6 km, média de 26,09 km/l, odometro total em 51.507 km, às 14:00 hs(de verão). No retorno a Porto Alegre o odometro total estava em 51.735, onde rodamos 227,7 km pela serra nestes 2 dias, para 9,5 lts de gasolina, média de 22,5 km/l.
Saímos na tarde deste sábado às 12:00 hs e fomos direto para Canela pela Estrada das Hortências, onde olhamos um pouco e descobrimos atrás da matriz uma lanchonete e pousada, do RONE, que cobrava barato por pessoa, uma pechincha na região. Ficamos de ver se o camping estava aberto (AABB) para decidir onde ficar. Partimos então para Gramado, onde andamos bastante e descobrimos na via central, destoando de toda a sofisticação hollyoodiana da cidade, uma bodega, digno pé-de-escada, autentico pega-bêbo. E não deu outra: tomei duas da cachaça da região e uma lingüiça defumada ainda fresca, nem tinha curado ainda. De lá almoçamos um baita dog e compramos chocolates. Chovia bastante e fotografamos muito. De lá soubemos de um encontro de motos de acontecia em Nova Petrópolis, a 30 km dali. Fomos lá. O evento estava terminado, para minha estranheza, pois aqui pela terrinha os encontros terminam no domingo. Conseguimos alguns contatos e tiramos algumas fotos. Voltamos à noite pela estrada sinuosa e chuvosa. Em Canela rodamos atrás do camping e quando chegamos lá, estava fechado. Retornamos para o RONE. Nos organizamos, arrumamos os bagulhos, tomamos banho, jantamos, telefonei para a família, e estava frio, em torno dos 10 °C, pois chovia fino e ventava. Hora de dormir. Estava cansado.
Saí novamente à procura de alforjes, pneus e informações sobre o seguro Carta Verde. A pé pra variar através da Av. Farrapos. Cheguei então na revenda de motociclos HAOBAO (elétricas), em Chico Motopeças, onde fui esplendidamente atendido pelo Chico (Luiz Francisco) e pelo Alexandre Muniz, este aliás um grande irmão motociclista. Grande mesmo. É só ver as fotos. Muito viajado e de grande experiência na região do MERCOSUL. Após um bate-papo ele me convenceu a não ir para a Argentina sozinho, pois minha RG estava com mais de 10 anos da emissão (já sabia) e teria que usar o passaporte. Segundo ele, não dá prá confiar circulando sozinho com um documento que tem alto valor no mercado negro, pois desta forma estaria me submetendo à situação de risco pessoal. O acesso a Pelotas estava destruído pelas chuvas e não poderia ir pelo Chuí, como planejado, além do mau tempo na região. Por outro lado, a entrada na Argentina pelo lado riograndense estava tumultuada, pois o estado de RS estava cobrando as multas dos argentinos na volta, inclusive as atrasadas de até 5 anos atrás. Los hermanos estariam muito satisfeitos e doidos para dar o troco do outro lado... Tentamos ainda tirar uma identidade em RS mas levaria pelo menos 10 dias úteis, e só depois da terça-feira, pois na segunda era feriado municipal em Porto Alegre, o que inviabilizou o projeto. Diante disso desisti do MERCOSUL e modifiquei o roteiro, acatando a sugestão de Alexandre de ir para Bonito/MS. De lá o roteiro de volta já fazia parte do projeto, a partir de Dourados/MS. Dali subiria pelo Triângulo Mineiro, passando por Pirapora/MG no São Francisco que sou louco para conhecer, e seguindo para a Chapada Diamantina, na Bahia. Dava pra fazer assim e assim ficou resolvido. Para o final de semana acertamos com outro grande motociclista que estava de viagem marcada de Porto Alegre/RS até a Venezuela, via MS/MT e Amazônia. Veja http://portoalegreamanaus-jp.blogspot.com/ . Mais um maluco neste mundo! Para você ver, a diferença da doidera para a sanidade é apenas uma moto... Acertamos passear na serra gaúcha sábado e domingo, passando por Gramado, Canela e uma visita à Fenavinho, em Bento Gonçalves. Soube da existência de campings na região o que seria uma boa oportunidade de testar o equipamento que trouxe. O motociclista é o João Paulo Lima dos Santos, originário de Manaus/AM. Bem, depois de tanta conversa terminei comprando os alforjes (Texx) e o pneu dianteiro da moto (só tinha o modelo da Honda Twister) que estou usando até hoje, 21/06/2010, data em que faço esta postagem. (Hoje também minha querida mãe está fazendo 80 anos. Feliz natalício, mama). O Alexandre produzia, ainda artesanalmente, o APRACUR, alcochoado inflável para o assento da moto, para uso em viagens longas, que só estaria pronto na terça-feira. Recebi ainda gratuitamente uma explanação técnica-ortopédica sobre a fadiga da bunda de motociclista. Bem, assim ficaria a terça-feira em Porto Alegre, e depois partiria para Dourados/MS, ficando o João Paulo acertado de encontrar comigo lá no MS no próximo domingo, para na segunda-feira irmos para Bonito/MS. Na foto em primeiro plano estão o Chico, eu, o Alexandre e o João Paulo. Em segundo plano, no dia seguinte, a partida para a serra gaúcha, da casa de João Paulo, com seus familiares.
Amanheceu o dia e a ficha caiu. O que parecia impossível realmente aconteceu: eu estava em Porto Alegre! Nunca tinha ido tão longe de minha base. E de moto!!! E sozinho! Soube depois do desastre das chuvas na região de Pelotas, com mortes, desabamentos, descarrilamento de trem, pontes destruídas e seu conseqüente isolamento da BR que liga à capital, e que estava em meu roteiro original, pois pretendia sair do Brasil pelo Chuí, passando por Pelotas. Bem, foi um banho de água fria (outro, sem chuva) nas pretensões de continuar a viagem. Saí para conhecer o centro, a pé como sempre. Antes dei uma geral na moto, bolha, corrente e ferramentas de manutenção imediata. Fui à CAIXA para saber de uma RPV (depósito judicial) que estava para receber, parte do financiamento da viagem, e falei com a colega Eliane Krticka, que já possuiu moto. Mandou e-mail aos colegas de Arcoverde, e foi muito gentil em seu atendimento. Um abraço! Depois saí em busca de alforges pois meus malotes estavam um tanto inadequados para a viagem e ficava muito complicado quando tinha que abrir o banco para retirar alguma ferramenta. Era um tal de amarra-e-desamarra triste. Cheguei numa concessionária Honda próxima. Tinha um da Texx. Achei bom mas não comprei. Queria pesquisar mais e fui à luta. Continuei pela Avenida Farrapos e para variar chovia. Então resolvi ir ao Mercado Público Municipal. Tirei boas fotos pois ele é muito bonito e organizado, onde encontrei uma cachaçaria com produto pernambucano, a nossa Pitu (em lata) e a especial Carvalheira (garrafa), porém comprei uma da terrinha farroupilha para experimentar. Muito boa! Acabou-se naquela noite, mas era uma garrafinha de bolso!! Almocei e retornei à Farrapos para tentar achar uma seguradora para informações sobre Carta Verde e Seguro de Saúde e da moto. Não deu tempo, ficando para o dia seguinte. À noite, jantei lá pelas 22:00 hs (hora local) depois de consultar meus e-mail numa LAN. Filé com cebola e pimentão, ao ponto, com uma cerveja. Na medida. Fui dormir. Tchau!
Saída às 06:15 e chegada às 13:30 hs, odometro na saída em 50.577 e 51.154 na chegada, rodados 276,7 km, acumulados exatos 4.500 km. Saí de Biguaçu/SC debaixo de chuva, tempo fechadão, muito escuro. A estrada até Tubarão estava cheia de desvios, de má qualidade, oferecendo riscos se não redobrar os cuidados. Tráfego intenso e lento. Motoristas exemplarmente comportados. Que diferença de São Paulo... Após Tubarão, passei por Criciúma e outras localidades com boas estradas, apesar dos desvios. Demorei a chegar em Porto Alegre. Foi cansativo. O tempo abriu de Criciúma até o fim, porém sempre nublado. Porto Alegre estava quente e úmido (28,7ºC). No centro, fui ao Centro de Atendimento ao Turista seguindo as placas indicativas, no qual me recomendaram um pequeno hotel naquela região. Deixei o dia seguinte para resolver as coisas, e sem querer zerei o acumulado da viagem no odômetro parcial. Já era! Agora é na calculadora. Perdi algum tempo resolvendo um estacionamento, pois o hotel não o possuía. Ficou lá no de Dona Maria. Coloquei tudo o que tinha de pendente de roupa suja e roupa e acessórios molhados (ou úmidos) e a desinfetar, para lavar com sabão em pó concentrado. Luvas, botas, meias, espaldeiras, calça e jaqueta. Ficou para o dia seguinte a busca por um par de alforges e seguro Carta Verde. Tinha que ir ao banco (CAIXA) e resolver outras coisas. Queria também conhecer o mercado de motos usadas e acessórios, e conhecer um pouco da cidade. Pela minha previsão inicial seriam apenas 2 dias de permanência. O tempo está horroroso de quente e abafado, e choveu forte no iníco da noite e assim permaneceu até de manhã. Parece Belém do Pará no mês de novembro. Tenho saudades de minhas 3 negas que deixei em Arcoverde. Abasteci em Maracajá(ou Gato do Mato)/SC às 09:30 hs com 10,13 lts, rodados 299,9 km, média de 29,69 km/l, odômetro total em 50.877 km. Em Floripa já tinha rodado cerca de 95,0 km (só numa tarde). De tanta chuva que peguei desde Campos/RJ ficou impossível parar para tirar fotos na estrada. Muita coisa bonita ficou sem registro.