quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


04/02/2009 – Vitorino/SC a Dourados/MS

Saída às 09:00 hs, chegada às 20:00 hs, odometro na saída em 52.341 e na chegada 53.091, rodados exatos 750 km, sendo acumulados 6.437 km até aqui. Ao chegar em Dourados/MS, debaixo de uma chuva leve e persistente, marcavam 246,9 km desde Mundo Novo/MS, odometro total em 53.091. Em Capanema abasteci com 14,104 lts, para 307,4 km rodados, média de 21,79 km/l, odometro em 52.529. Abasteci em Mundo Novo/MS com 11,35 lts, rodados 314,9 km, media de 27,74 km/l, odometro em 52.844 km. Até a fronteira do Mato Grosso, desde o fim das serras gaúchas, exceto a serra até o desvio errado, em Vitorino, tudo é plantação de soja e milho. Campos sem fim! Aproveitam até a calçada de rua (sem cimento), dentro da cidade. Vi isso em Cascavel/PR. A partir do Mato Grosso são fazendas sem fim, tudo verde e de relevo suave, como antes, mas só com capim e curvas de nível para conter as enxurradas. Estradas boas, mas um sabão quando chove, porque o barro fino e vermelho que os caminhões e tratores trazem para a estrada está em todo lugar. Só peguei um pouco de chuva a partir de 40 km para Dourados/MS. Existem ainda 2 grandes agro-industrias de cana-de-açúcar em Naviraí, perto de Dourados. Muita palha na estrada, veículos longos a viagem inteira, cidadezinhas altamente organizadas e novas, parecendo estar em outro país. O pôr do sol é de um vermelho vivo. Ocorreu às 19:30 hs, de Recife. Foto da chegada em Cascavel/PR, onde as plantações margeiam a área urbana, onde até há poucos anos atrás eram verdes matas.



03/02/2009 – Porto Alegre/RS a Vitorino/PR

Abastecido, calibrado e etc., fui em Xico, tirei xerox, matei a sede e às 10:00 hs(de Recife) saí de Porto Alegre rumo ao extremo oeste do estado. Em Santo Antônio do Planalto abasteci com 11,319 lts, para 284,1 km rodados, às 14:30 hs, média de 25,10 km/l, odometro total em 52.020 km. Em Chapecó/SC, abasteci 8,50 lts, para 201,4 km rodados, média de 23,69 km/l, odometro total em 52.222, às 17:44. Neste dia saí pelo corredor do sol conforme a previsão do tempo, e deveria passar na cidade de São Pedro das Missões, que eu estava doido para conhecer e fotografar as ruínas. Em Sarandi/RS, por uma falha na placa de desvio, terminei seguindo em frente para SC prematuramente, em direção a Chapecó, saindo do roteiro do sol que segundo a previsão do tempo cobriria todo eixo central do estado de RS até o extremo oeste. Achei a cidade de Chapecó/SC suja e bagunçada (em comparação com as outras da região). As estradas são inferiores às gaúchas. E perdi o APRACUR, enquanto abastecia na saída de Chapecó. O dito caiu, pois o coloquei em cima dos malotes. Em seguida saí e andei cerca de 2 km quando dei por falta da almofada. Retornei devagar para ver se tinha caído no caminho, até o posto, e nada. Já era! Tava tão bonzinho...Rodados quase 500 km e não senti aquele cansaço natural do motociclista entre as pernas, nem dores nas batatas. Funcionou legal, viu Alexandre? Segui em direção à Cascavel/PR. Por conta desse erro entrei na faixa de chuvas e peguei um toró, com direito a seguidas trovoadas, raios e visibilidade mínima, bem como risco de aquaplanagem, pois a estrada parecia uma cachoeira uma vez que era região de serra, muito sinuosa e com piso irregular, além de não possuir acostamento e ser região mista com sítios e mata. Parei num depósito de produtos naturais e esperei a chuva passar. Ali procurei saber de alguma pousada ou hotel por onde pudesse ficar se a chuva retornasse, pois era fim de tarde. Fui informado que a 8 km dali havia um. Quando chego lá a chuva acabou e o céu abriu. Continuei em frente para ganhar tempo, até anoitecer. Cheguei a Vitorino às 19:30, hora local, momento em que acabou de escurecer e retornou a chuva. A cidade fica num entroncamento da estrada para Cascavel. Achei um pequeno hotel, tomei uma caninha da terra com uma galinha guisada e fui dormir, lavando e colocando a roupa para secar. Foi durante esta degustação que fiz contato com o SIDNEY, que além de caminhoneiro, fazia parte de um grupo musical chamado MUSICAL INTEGRAÇÃO, com a participação entre outros músicos, de seus dois filhos. Enquanto escrevo estou vendo os nomes numa cópia do CD do grupo gentilmente cedido pelo SIDNEY, com quem tirei uma foto. O grupo tem e-mail: musicalintegracao@hotmail.com. Resumo do dia: saída às 10:00 hs, chegada às 19:30 hs, odometro na saída em 51.735 km e na chegada 52.341 km, rodados 604,7 km, acumulados da viagem em 5.687 km. Vale lembrar que almocei numa churrascariazinha rodízio de pé de estrada, no alto de uma serra no centro gaúcho, que possuía uma bela vista (que não perdi a oportunidade e fotografei), além do bom atendimento do dono do lugar. Interessante quando passei pela cidade de Soledade, pois a mesma é inteiramente dedicada ao comércio de pedras preciosas e semi-preciosas. É só o que se vê nos galpões e empresas na estrada. As cidades anteriores todas tinham grandes pólos industriais, com grandes empresas nacionais conhecidas, e até shopping center. Acabando a serra acabaram as frutas e as uvas na beira de estrada e tomam seu lugar a soja e o milho, com muitos silos e agroindústrias. Lembrando ainda que no interior do Rio Grande e no Paraná se planta muito pinheiro e eucalipto para o uso da madeira, com muitas serrarias na região. Fui! Fotos: a primeira, no último trecho de serra no RS, por ocasião do almoço, e a segunda com o Sidney.



02/02/2009 – Em Porto Alegre/RS

Tirei esta segunda-feira (feriado) para arrumar tudo e preparar para o próximo período de viagem, em direção a Bonito/MS. Procurei descansar e ir no dia seguinte em Xico Motopeças para pegar o APRACUR. Fiz o último contato com o João Paulo para acertar nosso encontro em Dourados/MS, no domingo seguinte.











01/02/2009 – Canela e Bento Gonçalves/RS a Porto Alegre/RS

Acordei, acreditem, pensando que eram umas 11:00 hs (de verão) e eram 08:00 hs apenas. Fiz o controle de despesas dos dois últimos dias, o balanço do dia 31/01/2009, e este diário. Devo refazer o roteiro de viagem ainda hoje e passar as fotos para a internet. O João ficou de me ensinar a fazer o blog (e deu certo, não?). Antes de irmos a Bento Gonçalves fomos ver a cachoeira do Passo do Inferno, por uma trilha de 16 km de terra batida. Muito bonito, com direito a fotos, trilha ecológica e tirolesa bem alta (que não fui). A área é privada e possui pousada e camping. Descansei um pouco enquanto admirava o local. Seguimos então para nosso destino, onde chegamos às 14:30 hs. Almoçamos no parque de eventos porém mal tive como tirar fotos, pois a bateria descarregou e no local (fechado) não havia quem as vendessem. E era uma feira nacional. Incrível, mas é verdade! E nas terras sulinas, hein ?! Diante disso experimentei o graspe, equivalente da bagaceira portuguesa, uma cachaça de uva artesanal para acalmar a frustração. Boa, feita em alambique de cobre, para retirar a gordura com cheiro ruim que sai na destilação. Tinha ainda muita música e coisas típicas da região, de italianos e alemães. Achei interessante um sistemas de pilões utilizados na erva mate, muito engenhoso e todo em madeira. No mais, muito vinho e degustação. Não apelei, só tomei um pequeno cálice de espumante da AURORA. Havia ainda uma oficina de degustação do SEBRAE, mas fiquei só na vontade. Tínhamos que voltar inteiros. Chegamos a Porto Alegre às 18:00 hs(reais). Uma arrumada e fomos tomar uma e comer alguma coisa num bar onde o João Paulo costumava freqüentar com a namorada. Saímos às 23:30 hs. Estacionei a moto e fui pro hotel. Já eram 00:30. Banho e cama. Em tempo: a polenta frita é um 10 lá no RONE (recomendo), aqui no RS “torrada” é muito quente, gaúcho não engole sapo: come perereca, e a origem do “fazer nas coxas” você descobre na visita ao convento carmelita de Angra (sem maldade). Só lembrando, visitem o site dos CEIFADORES: http://www.ceifadoresmc.com.br/ . Em Porto Alegre, ontem, por ocasião do abastecimento, coloquei 9,77 lts a R$ 2,56, rodados 311,2 km, média de 31,85 km/l (a melhor até agora), odometro total em 51.189 km. Fizemos outro abastecimento a caminho de Bento Gonçalves, sendo 12,207 lts a R$ 2,62, rodados 318,6 km, média de 26,09 km/l, odometro total em 51.507 km, às 14:00 hs(de verão). No retorno a Porto Alegre o odometro total estava em 51.735, onde rodamos 227,7 km pela serra nestes 2 dias, para 9,5 lts de gasolina, média de 22,5 km/l.

31/01/2009 – Porto Alegre à Serra Gaúcha/RS

Saímos na tarde deste sábado às 12:00 hs e fomos direto para Canela pela Estrada das Hortências, onde olhamos um pouco e descobrimos atrás da matriz uma lanchonete e pousada, do RONE, que cobrava barato por pessoa, uma pechincha na região. Ficamos de ver se o camping estava aberto (AABB) para decidir onde ficar. Partimos então para Gramado, onde andamos bastante e descobrimos na via central, destoando de toda a sofisticação hollyoodiana da cidade, uma bodega, digno pé-de-escada, autentico pega-bêbo. E não deu outra: tomei duas da cachaça da região e uma lingüiça defumada ainda fresca, nem tinha curado ainda. De lá almoçamos um baita dog e compramos chocolates. Chovia bastante e fotografamos muito. De lá soubemos de um encontro de motos de acontecia em Nova Petrópolis, a 30 km dali. Fomos lá. O evento estava terminado, para minha estranheza, pois aqui pela terrinha os encontros terminam no domingo. Conseguimos alguns contatos e tiramos algumas fotos. Voltamos à noite pela estrada sinuosa e chuvosa. Em Canela rodamos atrás do camping e quando chegamos lá, estava fechado. Retornamos para o RONE. Nos organizamos, arrumamos os bagulhos, tomamos banho, jantamos, telefonei para a família, e estava frio, em torno dos 10 °C, pois chovia fino e ventava. Hora de dormir. Estava cansado.











30/01/2009 – Porto Alegre/RS

Saí novamente à procura de alforjes, pneus e informações sobre o seguro Carta Verde. A pé pra variar através da Av. Farrapos. Cheguei então na revenda de motociclos HAOBAO (elétricas), em Chico Motopeças, onde fui esplendidamente atendido pelo Chico (Luiz Francisco) e pelo Alexandre Muniz, este aliás um grande irmão motociclista. Grande mesmo. É só ver as fotos. Muito viajado e de grande experiência na região do MERCOSUL. Após um bate-papo ele me convenceu a não ir para a Argentina sozinho, pois minha RG estava com mais de 10 anos da emissão (já sabia) e teria que usar o passaporte. Segundo ele, não dá prá confiar circulando sozinho com um documento que tem alto valor no mercado negro, pois desta forma estaria me submetendo à situação de risco pessoal. O acesso a Pelotas estava destruído pelas chuvas e não poderia ir pelo Chuí, como planejado, além do mau tempo na região. Por outro lado, a entrada na Argentina pelo lado riograndense estava tumultuada, pois o estado de RS estava cobrando as multas dos argentinos na volta, inclusive as atrasadas de até 5 anos atrás. Los hermanos estariam muito satisfeitos e doidos para dar o troco do outro lado... Tentamos ainda tirar uma identidade em RS mas levaria pelo menos 10 dias úteis, e só depois da terça-feira, pois na segunda era feriado municipal em Porto Alegre, o que inviabilizou o projeto. Diante disso desisti do MERCOSUL e modifiquei o roteiro, acatando a sugestão de Alexandre de ir para Bonito/MS. De lá o roteiro de volta já fazia parte do projeto, a partir de Dourados/MS. Dali subiria pelo Triângulo Mineiro, passando por Pirapora/MG no São Francisco que sou louco para conhecer, e seguindo para a Chapada Diamantina, na Bahia. Dava pra fazer assim e assim ficou resolvido. Para o final de semana acertamos com outro grande motociclista que estava de viagem marcada de Porto Alegre/RS até a Venezuela, via MS/MT e Amazônia. Veja http://portoalegreamanaus-jp.blogspot.com/ . Mais um maluco neste mundo! Para você ver, a diferença da doidera para a sanidade é apenas uma moto... Acertamos passear na serra gaúcha sábado e domingo, passando por Gramado, Canela e uma visita à Fenavinho, em Bento Gonçalves. Soube da existência de campings na região o que seria uma boa oportunidade de testar o equipamento que trouxe. O motociclista é o João Paulo Lima dos Santos, originário de Manaus/AM. Bem, depois de tanta conversa terminei comprando os alforjes (Texx) e o pneu dianteiro da moto (só tinha o modelo da Honda Twister) que estou usando até hoje, 21/06/2010, data em que faço esta postagem. (Hoje também minha querida mãe está fazendo 80 anos. Feliz natalício, mama). O Alexandre produzia, ainda artesanalmente, o APRACUR, alcochoado inflável para o assento da moto, para uso em viagens longas, que só estaria pronto na terça-feira. Recebi ainda gratuitamente uma explanação técnica-ortopédica sobre a fadiga da bunda de motociclista. Bem, assim ficaria a terça-feira em Porto Alegre, e depois partiria para Dourados/MS, ficando o João Paulo acertado de encontrar comigo lá no MS no próximo domingo, para na segunda-feira irmos para Bonito/MS. Na foto em primeiro plano estão o Chico, eu, o Alexandre e o João Paulo. Em segundo plano, no dia seguinte, a partida para a serra gaúcha, da casa de João Paulo, com seus familiares.






29/01/2009 – Quinta-feira – Porto Alegre/RS

Amanheceu o dia e a ficha caiu. O que parecia impossível realmente aconteceu: eu estava em Porto Alegre! Nunca tinha ido tão longe de minha base. E de moto!!! E sozinho! Soube depois do desastre das chuvas na região de Pelotas, com mortes, desabamentos, descarrilamento de trem, pontes destruídas e seu conseqüente isolamento da BR que liga à capital, e que estava em meu roteiro original, pois pretendia sair do Brasil pelo Chuí, passando por Pelotas. Bem, foi um banho de água fria (outro, sem chuva) nas pretensões de continuar a viagem. Saí para conhecer o centro, a pé como sempre. Antes dei uma geral na moto, bolha, corrente e ferramentas de manutenção imediata. Fui à CAIXA para saber de uma RPV (depósito judicial) que estava para receber, parte do financiamento da viagem, e falei com a colega Eliane Krticka, que já possuiu moto. Mandou e-mail aos colegas de Arcoverde, e foi muito gentil em seu atendimento. Um abraço! Depois saí em busca de alforges pois meus malotes estavam um tanto inadequados para a viagem e ficava muito complicado quando tinha que abrir o banco para retirar alguma ferramenta. Era um tal de amarra-e-desamarra triste. Cheguei numa concessionária Honda próxima. Tinha um da Texx. Achei bom mas não comprei. Queria pesquisar mais e fui à luta. Continuei pela Avenida Farrapos e para variar chovia. Então resolvi ir ao Mercado Público Municipal. Tirei boas fotos pois ele é muito bonito e organizado, onde encontrei uma cachaçaria com produto pernambucano, a nossa Pitu (em lata) e a especial Carvalheira (garrafa), porém comprei uma da terrinha farroupilha para experimentar. Muito boa! Acabou-se naquela noite, mas era uma garrafinha de bolso!! Almocei e retornei à Farrapos para tentar achar uma seguradora para informações sobre Carta Verde e Seguro de Saúde e da moto. Não deu tempo, ficando para o dia seguinte. À noite, jantei lá pelas 22:00 hs (hora local) depois de consultar meus e-mail numa LAN. Filé com cebola e pimentão, ao ponto, com uma cerveja. Na medida. Fui dormir. Tchau!













28/01/2009 – Quarta-feira – De Florianópolis/SC a Porto Alegre/RS.

Saída às 06:15 e chegada às 13:30 hs, odometro na saída em 50.577 e 51.154 na chegada, rodados 276,7 km, acumulados exatos 4.500 km. Saí de Biguaçu/SC debaixo de chuva, tempo fechadão, muito escuro. A estrada até Tubarão estava cheia de desvios, de má qualidade, oferecendo riscos se não redobrar os cuidados. Tráfego intenso e lento. Motoristas exemplarmente comportados. Que diferença de São Paulo... Após Tubarão, passei por Criciúma e outras localidades com boas estradas, apesar dos desvios. Demorei a chegar em Porto Alegre. Foi cansativo. O tempo abriu de Criciúma até o fim, porém sempre nublado. Porto Alegre estava quente e úmido (28,7ºC). No centro, fui ao Centro de Atendimento ao Turista seguindo as placas indicativas, no qual me recomendaram um pequeno hotel naquela região. Deixei o dia seguinte para resolver as coisas, e sem querer zerei o acumulado da viagem no odômetro parcial. Já era! Agora é na calculadora. Perdi algum tempo resolvendo um estacionamento, pois o hotel não o possuía. Ficou lá no de Dona Maria. Coloquei tudo o que tinha de pendente de roupa suja e roupa e acessórios molhados (ou úmidos) e a desinfetar, para lavar com sabão em pó concentrado. Luvas, botas, meias, espaldeiras, calça e jaqueta. Ficou para o dia seguinte a busca por um par de alforges e seguro Carta Verde. Tinha que ir ao banco (CAIXA) e resolver outras coisas. Queria também conhecer o mercado de motos usadas e acessórios, e conhecer um pouco da cidade. Pela minha previsão inicial seriam apenas 2 dias de permanência. O tempo está horroroso de quente e abafado, e choveu forte no iníco da noite e assim permaneceu até de manhã. Parece Belém do Pará no mês de novembro. Tenho saudades de minhas 3 negas que deixei em Arcoverde. Abasteci em Maracajá(ou Gato do Mato)/SC às 09:30 hs com 10,13 lts, rodados 299,9 km, média de 29,69 km/l, odômetro total em 50.877 km. Em Floripa já tinha rodado cerca de 95,0 km (só numa tarde). De tanta chuva que peguei desde Campos/RJ ficou impossível parar para tirar fotos na estrada. Muita coisa bonita ficou sem registro.



27/01/2009 – Terça-feira – De Curitiba/PR à Florianópolis/SC

Saída às 08:10 hs aos 55.215 km e chegada às 13:30 hs aos 50.577 km, rodados 362 km, acumulados 3.923,80 km. No dia anterior tinha abastecido, com um total de 7,0 lts a R$ 2,49 para 223,9 km rodados, com média de 31,98 km/l, acumulados 3.561,70 no abastecimento, e odometro total em 50.215 km. A partir de São José dos Pinhais, cerca de 50 km depois, começou a fazer uma chuva de parar na estrada, a partir da subida na serra, entre nuvens que estavam baixas. Foi subida e descida até Joinvile/SC, debaixo d`água. Os rios que cortam a estrada possuem muitas pedras fazendo cachoeiras e corredeiras muito bonitas. Pena que não dava para parar. Havia muito verde, mata atlântica, com muitas arvores de flor roxa. Seriam ipês? Em Joinvile a estrada ficou plana e parou de chover. Passei por Blumenau, próximo de Beto Carreiro World, etc. Na última cidade do litoral antes de Floripa, em Biguaçu/SC, parei para abastecer e a moto deu uma pane na partida. Depois de pegar no tranco fui numa mecânica bem próxima, e o problema foi a oxidação do contato da partida. Não me cobraram nada pelo serviço. Muito obrigado companheiro! Procurei uma pousada barata, pois dali pra frente era só hotel, e verão e férias tu sabes, é pela hora da morte. Achei! Bem barata e pouca gente. Explica-se: muita chuva. Larguei os bagulhos e corri para a ilha, pois já passava das 14:30 hs e fazia sol. Após contato no centro de apoio ao turista, não foi possível cruzar pela ponte Hercílio Luz, pois estava em reforma. Resolvi ir para o litoral norte. Num cruzamento, durante o sinal fechado, falei com um motociclista do que seria interessante para ver. Resposta: Lagoa da Conceição e Praia da Armação. O mesmo me conduziu parte do caminho e me indicou a reta. Em outro semáforo (sinal) falei com outro que me deixou na entrada da subida da lagoa. Que beleza! Que subida, que vista! Parei no mirante para tirar fotos e um dos lojistas era motociclista e me apontou a praia das Rendeiras para encostar. Fui lá. Não deu tempo de tomar banho, mas não perdoei o camarão do local com uma gelada na Barracuda, onde fui atendido pela Márcia e pelo César, que me auxiliaram nas fotos. Grato. O litoral é bem recortado, dentro da característica do litoral sul do Brasil. Na volta conjuguei o verbo costurar nos seguintes tempos: 25, 40, 50, 60, 80, 90 e 100 km por hora (no limite da via expressa). Tava armando o maior toró e tinha que chegar na pousada. Foi na bucha! Cheguei com a chuva. Deu empate! Abasteci com 14,002 lts, para 362,0 km rodados, média de 25,85 km/l, acumulados 3.923,8 km, e odômetro total em 50.577. Agora a noite estava fazendo 27,7 ºC e abafado, com muita chuva.



26/01/09 – Segunda-feira – Curitiba/PR

Deixei a moto na Florença Motos (Yamaha) para a revisão dos 50 mil km, com a troca dos retentores dianteiros. Então segui a pé pelos bairros até o parque que fica ao lado do conjunto da GLP-Ordem Rosacruz, onde descansei e tirei fotos. Achei bem movimentado para uma segunda-feira. Estava quente e abafado este dia. Caminhei pra dedéu até chegar ali. Era um tal de subir e descer rua, cuja arquitetura das casas e prédios são peculiares e bem organizados. Interessante que até os apartamentos tem churrasqueiras e chaminés. Finalmente encontrei uma bodega, pois já estava com aquela sede. Pedi uma lata de cerveja bem gelada e vi um pote de vidro com um tira-gosto diferente. O bodegueiro que já tinha tomado uma me disse que era um dos preferidos e comum na região. Era filé cru de sardinha com cebola também crua, marinado na conserva de vinagre temperado com pimenta. Experimentei e ... pedi outra cerveja e mais uma sardinha. Aprovado! Fotografei (veja ao lado) para não esquecer como se faz. Almocei próximo ao parque e aguardei a hora dos prédios da Rosacruz abrirem às 14:00 hs. Tirei fotos do conjunto de prédios em estilo egípcio de grande beleza, visitei o museu egípcio onde existe uma múmia autentica, que não pode ser fotografada ou filmada. Fui no prédio principal na Grande Loja para a Língua Portuguesa, onde fui muito bem recebido pela Tatiana, e conheci pessoalmente o Frater Elias Nemir, gerente do conjunto, o qual indicou o Frater Paulo para me conduzir ao templo, onde também não se pode fotografar. Tudo muito bonito e harmonioso. Passei também numa agência da CAIXA (da qual também sou acionista...) e segui para pegar a moto, quando já eram 17:00 hs. Depois fui arrumar as coisas e dormir, para partir no dia seguinte.



25/01/2009 – Domingo - Curitiba/PR

Aproveitei o domingo para circular na periferia, pois já conhecia o centro de Curitiba. Rodei para localizar a revenda da Yamaha e o Parque Rosacruz, pois também sou estudante rosacruz e martinista.
Logo às 07:30 hs, já de café tomado, saí do hotel e rodei menos de 5 minutos quando fui parado na BR por um veículo policial para verificação de documentos do capiau. E não é que um dos policiais era de Juazeiro do Norte/CE? Valei-me meu Padim Ciço, que a gente nem pode se esconder...

Tirei o resto do dia para descansar, lavar e secar roupa, principalmente as botas encharcadas de chuva, com aquele “cheirim legal”. E continuar escrevendo este diário que você agora lê.