domingo, 27 de junho de 2010

11/02/2009 – Bonito/MS até Nova Andradina/MS

Uma hora para arrumar tudo, desmontar barraca e tomar café. Não deu para fazer o diário. Tentamos no final da tarde anterior tomar um banho no camping mas não foi possível por conta da correnteza e aumento do volume de água do rio (cerca de metro a mais de profundidade), pois a chuva de ontem foi pesada nas cabeceiras do Rio formoso. Voltei à Bonito para tirar umas fotos da praça principal. Saí às 11:00 hs. Atrasadíssimo! Abasteci em Dourados, lá pelas 14:30 hs, tendo rodado em Bonito cerca de 122 km, abasteci com 14,86 lts, por 396,2 km rodados total, média de 26,67 km/l, odômetro total em 54.082 km. Estava quente por aqui. Em seguida segui para Bataguaçu/MS. Não consegui chegar lá. Só no dia seguinte. Entrei na pior chuvarada de toda a viagem (ou a melhor, para quem feito eu, gosta), e talvez a maior de minha curta vida até então (será que chego aos 80?). Parecia uma chuvinha no final da estrada... Escureceu de imediato, chuva fria, fortíssima, baixa visibilidade, ventos laterais fortes. Um aguaceiro daqueles! Mesmo assim segui viagem pois não havia raios. Só consegui fazer um lanche (regado a três lapadas de Ipioca cearense dourada para esquentar, acreditem!) e chegar em Nova Andradina já na reserva. Muitos galhos e folhagem de árvores na estrada por conta da ventania. Fiquei para dormir. Celular ali não pegava. O dono do posto/hotel era um motociclista, o Aléssio e sua irmã Karla, que me foram muito atenciosos. O hotel era espaçoso e muito arrumadinho. Legal. Cheguei pelas 19:20 hs, abasteci com 13,7 lts para 257,1 km rodados, média de 18,766 km/l (andei forçando a moto por conta da chuva, reduzida com rotação alta para usar pouco os freios), odômetro em 54.339 e 2.602,9 km rodados desde Porto Alegre. Em tempo: o Aléssio morou muitos anos na Itália e possuía várias motos grandes. Espalhei a roupa molhada para secar, tomei aquele banho bem quentinho e zzzzzzzzzzzz...

10/02/2009 – Bonito/MS

Fomos lavar as motos e resolver algumas pendências outras e daí, fomos para o balneário municipal, o mais barato da cidade. Muito bom. Lá encontramos um grupo de motociclistas que veio de Curitiba. Aí virou o I Encontro Não Programado de Bonito. Deste grupo tinha gente do Triciclo Clube 3ª Roda e outros. Chamam-se Alex, Hosnyr, Jurandir(JB), Joel e Clovis(gaúcho). Tomamos banho, umas e outras e muito bate-papo. Marcamos para a noite nos encontrarmos de novo. À tarde (final) comprei umas lembrancinhas poucas, pois não caberiam na mala da moto. À noite nos encontramos no Bar do Gaúcho e ficamos até umas 23:00, e até a meia-noite, num outro barzinho com churrasco de verdade (espetinhos). Voltamos ao acampamento. Chovia de fininho.

09/02/2009 – Dourados – Bonito/MS

Saímos atrasados, às 08:30 hs, e chagamos a Bonito às 12:30 hs. A topografia e a vegetação muda a partir dos primeiros 130 km de Dourados. Ficou mais quente e úmido. Abastecemos em Bonito com 13,7 lts, tendo rodado 313,2 km, para uma média de de 22,86 km/l. Foi um pouco cansativo, as pernas doeram um pouco e fiquei desconfortável no assento, apesar da bolsa de borracha. Odômetro em 53.686 rodados total de 7.032 km. A cidade é muito bem estruturada para o turismo. A cidadezinha é totalmente saneada e parece um shopping a céu aberto. Comemos o tal jacaré (frito), que é servido com um molho de queijos e creme de leite (achei que não combina), e parece com a lagosta na textura e sabor (sem o sabor do mar, naturalmente). Ficamos no camping do Gordo, pela estrada a 6 km da entrada da cidade, entra-se mato a dentro com 8 km de terra batida. O local é simplesmente ótimo, a R$ 20,00 a diária. Mata, o Rio Formoso límpido e com muitos peixes, corredeiras, banhos, e estrutura completa para camping. Na cidade tomamos uma chuva forte de 14:30, e ficamos enquanto isso numa lan-house programando este blog, com ajuda do João. Na volta, meu amigo, foi aquela lama fina por 8 km. Coisas de camping... Fiz questão de armar a barraca no chão de terra (grama). O bom do camping é a dificuldade e a improvisação (para quem gosta é claro). Depois chegou um magote de gringo num ônibus-caminhão fretado dessas empresas de aventura, australiana. Vinham do Alaska e já retornavam do Chile, e seguiriam para o carnaval no Rio. Foi difícil dormir seguidamente, mas valeu a pena. Não é preciso dizer que tomamos umas à beira do rio esta noite. Camping é camping... A primeira foto é da saída da pousada em Dourados, a segunda é da estrada. Vejam a paisagem: é monótona, tediante, pois a topografia da região é plana e só se planta soja, praticamnte uma monocultura, salvo raras exceções. Se você "entrar por uma perna de pinto e sair por uma de pato" ali, e o sol estiver a pino, numa encruzilhada sem placa, é como se estivesse no meio do Saara - perdido. Pra todo o lado é tudo igual. A terceira é do Rio Formoso rasgando a mata, onde nós estávamos acampados, em Bonito.

08/02/2009 – Dourados/MS

Terminei de reorganizar a bagagem pela experiência até aqui. Deixei-a pronta para um mínimo de tarbalho para a volta. Só não dará certo se chover muito, como na vinda. Estou tentando contato com o João Paulo que está na estrada desde ontem, e agora são 18:00 e não tive sucesso. Estou preocupado. Vou deixar mensagem. Ele deveria chegar até o final da tarde. Abasteci com 11,582 lts para 267,20 km rodados, média de 23,07 km/l porque apertei muito no retorno de Ponta Porã, na faixa dos 120/130 o tempo todo, e estava quente e com risco de chuva. Odômetro em 53.372. A gasolina daqui é a mais cara , na base de R$ 2,889 o litro. Bati um bom papo com um paulista de Marília, o Júnior. Ele e a esposa Ana Claudia são os proprietários do Carneiro no Buraco. Tomamos uma cerveja com peito de boi assado de forno. Ótimo! Dei uma geral pelos bairros residenciais, onde encontrei o dito. A cidade parece bem pacata e arrumada para se morar bem. Mas também tem problemas de assaltos, principalmente a caminhoneiros no período de safra de soja. A Ana Claudia bateu uma fotos nossas, e na realidade registrou como filme, por conta do botão da máquina que não notei que estava em posição de gravação. Estou tentando arquivar e liberar o link para acesso. Bem, está tudo pronto para irmos a Bonito e depois iniciar o retorno para casa. Tenho mantido os estudos da R+C e da TOM. Em tempo, o João Paulo chegou às 21:30 hs aproximadamente, e fomos ao Shopping para ele comer alguma coisa, pois às 19:00 hs eu já tinha traçado o meu jantar. Um peixe à moda da região, o qual não anotei.







07/02/2009 – Dourados/MS

Ontem falei com o João Paulo que confirmou a vinda a Dourados. Deverá chegar no domingo (08/02) ao final da tarde. Hoje fiz uma caminhada de 2 horas e fui a uma agencia da CAIXA tirar $ e extratos. Pegar um refresco também, pois a cidade está quente neste sábado. Finalmente entrei no shopping perto do hotel. Grandinho. Fui ao supermercado dele para ver o que se consome aqui na região entre carnes, legumes, verduras e frutas. Confirmei o que já desconfiava. O povo daqui come de tudo, desde que seja churrasco! Haja! É de encher os olhos e babar. As mantas de costelas com uns 3 dedos de espessura custavam a bagatela de R$ 3,96 o quilo. O filé a R$ 17,80 o kg, e a picanha a R$ 18,90 o kg. Tá vendo? Existe uma colônia japonesa na cidade. Passei por um clube uma pracinha estilizada ao lado. Vou tirar umas fotos amanhã pela manhã. É hora de preparar a partida. Detalhe: neste sábado circularam muitas motos potentes. Uma pessoa me falou que aqui tem um grupo de apresentação de Moto Show. Toda quarta tem um encontro de motociclistas em um bar da cidade. Este eu vou perder.
06/02/2009 – Dourados/MS – Pedro Juan Caballero/Paraguay e Ponta Porã/MS – Dourados/MS

Organizei minhas coisas e às 10:00 hs fui para a fronteira do Paraguay. Antes abasteci com 11, 077 lts para 260,9 km rodados, com a média de 23,55 km/l, odômetro em 53.105 . No dia anterior comprei uma bolsa de borracha, daquelas para água quente, na farmácia, para substituir o APRACUR. Testei e parece que iria funcionar a contento, com um pouco de água e ar. Na ida para Bonito será testado. Chegando lá, na fronteira, dei uma volta geral na avenida principal, onde no final havia uma agência da CAIXA. Muitos veículos do Paraguay transitando. Falei com o José Paulo, substituto do GG, e ele me falou que a namorada era de Arcoverde também, e estava atendendo uma cliente que disse que era de Serra Talhada/PE. Viu só? Eita mundo pequeno esse...!! O que é que uma seca braba não faz... Deixei um abraço e parti para o almoço. Desde o Paraná que não havia tocado em um churrasco de verdade, tipo rodízio. Estava economizando pois a grana estava curta. No retorno da avenida principal, havia uma churrascaria rodízio no 1º andar, a Frutal. Finalmente faturei duas cervejas e o dito churrasco. Até a rádio toca em espanhol, pois era do lado de lá. Comi bastante e não foi caro. Falei com o proprietário e o mesmo me disse que tinha parentes em Petrolina/PE. É mole!? Daí parti para o lado paraguaio, e fui até o Shopping China, o maior do lugar. Os empregados falavam entre si em espanhol fluente e com os clientes em portugês perfeito (ou será brasilianês?). Perguntei se todos eram paraguaios e assim me confirmaram. Já os clientes quase todos eram brasileiros. Grande, muito grande a loja. Tinha de tudo que você imaginasse, nacional e importados, exceto carros e caminhões e outros motorizados. Tem uma grande praça de alimentação, onde tomei um café. De repente começou uns estrondos e em seguida aquela chuva pesada e furiosa. Raios, relâmpagos e trovões a dar no quengo. Tudo escureceu. Inclusive dentro da loja porque a luz foi embora, e uns 5 minutos depois retornou, coincidindo com a partida da chuva. Aguardei um pouco a bicha se distanciar e fui!. Voltei e fiquei com meus estudos e descansei. Já era noitinha quando cheguei. Estava tudo muito quente, a estrada e a cidade. A roupa ficou com aquela mancha vermelha do barro fino que cobre as ruas e as estradas daqui. Deu trabalho para limpar.





05/02/2009 – Dourados/MS

Dei uma volta pela avenida principal da cidade, cuja topografia é plana e a planta é totalmente retangular, com transversais paralelas, ruas largas e avenida central dupla com canteiro central, e muito arborizada. O comércio é forte, com muitas concessionárias de veículos, motos e tratores. Nota-se o amplo uso de duas rodas, sejam motos ou bicilcetas, onde existem estacionamentos específicos na avenida central. Nos locais reservados ao estacionamento de veículos na área central existe uim sistema de monitoramento eletrônico que o condutor tem que registrar através de um boton eletrônico recolhido junto ao responsável pela área de estacionamento. Coisa de 1º mundo. Notável também é o respeito pelo pedestre na faixa. A população é mista de loiros, nisseis, índios e muita gente de outros estados do país, principalmernte São Paulo. A cidade é nova. O dia estava quente. Troquei o pneu traseiro, coloquei o selador (gel) e lavei a moto. Andei bastante a pé, pela manhã e à tarde.